Você acredita e se considera uma pessoa espiritualizada ou cética? Não tem resposta certa ou errada, afinal é a sua visão de mundo. O mais importante aqui é você se sentir em paz, bem, e ter bons valores quanto pessoa. Por aqui eu venho de uma forte base científica, agregada de uma família bem misturada quanto a etnias e religiosidade, liberdade de escolha e respeito pelo caminho de cada um.
Embora já alguns anos eu não esteja vinculada a nenhuma religião, permaneço bem ligada a espiritualidade. Já passei e passo por algumas vivências que a ciência ainda não exatamente consegue explicar.
Ao mesmo tempo, vem toda uma racionalização de investigação científica, afinal, são alguns anos dedicados a área acadêmica e eu sou uma eterna investigadora. Até mesmo quando olho para trás, me vejo menina extremamente questionadora, indagando interminavelmente os professores.
Numa gangorra positiva entre racionalização e abstração. Para mim é natural enxergar as pessoas como seres de várias dimensões: corpo, mente, emoções, espírito, relações consigo próprio, com os outros e com os ambientes.
Que bom que até a OMS (Organização Mundial de Saúde) em seus protocolos já vem também considerando essa forma de olhar para o indivíduo. Daí meu método de trabalho, Destrave Sua Vida (DSV), ser integrativo e sistêmico.
A visão materialista entende que somos um conglomerado de células que forma nosso corpo biológico e que a vida termina com a morte deste corpo. Já a visão espiritual é de o espírito (alma, consciência) é o princípio da organização e da inteligência do corpo físico. Ou seja, o espírito é quem dá a vida ao corpo.
Afirmar consensualmente o materialismo como realidade existencial ou a espiritualidade é equivocado, pois ambas ainda são hipóteses e não uma confirmação científica.
A ciência em essência é de posição neutra. Aberta a investigação de hipóteses e dos fenômenos existentes ainda não explicados, até evidências e validações cabíveis, para se alcançar a uma maior compreensão para a humanidade sobre o que é ou não verdade.
Ao longo da história existem vários casos de charlatanices, estudos duvidosos ou cheios de interesses envolvendo e manchando questões que envolvem espiritualidade.
Inclusive casos recentes de técnicas “alternativas em saúde” que, através de estudos científicos, demonstram falta de efeito real na saúde das pessoas.
Como em tudo na vida, existem pessoas bem e mau intencionadas. Essas situações só fizeram afastar a ciência de estudar devidamente a espiritualidade, fato que está mudando aos poucos, pois percebe-se a necessidade de trazer a luz o que realmente funciona ou não e também de se obter algumas respostas que até hoje a ciência não alcançou.
A ciência é mesmo esse constante tatear do mistério da vida e seu funcionamento.
“A ciência é a melhor metodologia que existe para descrever a realidade do mundo físico, mas existem outras formas de se relacionar com o mundo que não podem ser desprezadas.” (Dr. Marcelo Gleiser).
Você tem alguma ideia de como está a espiritualidade no meio acadêmico? Pesquisas que buscam estudar fenômenos ditos espirituais e parapsíquicos, psicofisiologia, saúde e espiritualidade (e até religiosidade, pois é diferente de espiritualidade) ganham espaço aos poucos nos últimos 20 anos.
Inclusive com a formação de núcleos e institutos de pesquisa, apoio internacional a esses estudos, e inclusão de disciplinas relacionadas nas formações da área de saúde.
Existem várias evidências (investigações e relatos históricos) no que se refere a temática espiritualidade, porém ainda não é consenso científico. Ou seja, ainda se tem muito o que investigar de forma séria e imparcial.
É devido a tudo isso que defendo a junção da ciência com espiritualidade, no que significa a espiritualidade ser estudada pela ciência, e poder somar de forma mais estruturada na abordagem de saúde integrativa em benefício da humanidade, nós, meros mortais!
Apesar de ainda não existir consenso científico sobre as questões relacionadas a espiritualidade, tampouco sobre a existência de Deus (do Todo), a verdade é que já existem vários estudos que se debruçam sob o impacto da espiritualidade, em pessoas que lidam com várias situações stressantes – incluindo doenças degenerativas e terminais – e resultados positivos tem sido apontados.
Menor mortalidade, menor taxa de suicídio, maior bem-estar, respostas a questões profundas, forma de melhor lidar entender questões psico-emocionais, melhoria na saúde.
No final das contas, o que importa mesmo é melhorar a saúde, evolução, e qualidade de vida de cada um de nós, não é? É nesse olhar que conduzo minha vida e colaboro com cada pessoa que passa pelo nosso trabalho.